sexta-feira, 24 de julho de 2009

CATOLICISMO ROMANO

I- INTRODUÇÃO:Origem — para que entendamos melhor a origem da Igreja Católica Romana, convém fazermos algumas observações bastante úteis e esclarecedoras acerca desta igreja. Do ano 33 ao ano 54 da era cristã, os seguidores de Jesus eram chamados de "os seguidores do caminho’ (At 9,2). Do ano 54 ao ano 170 dc os seguidores de Jesus passaram a ser chamados de "Cristãos" (At 11,26). É a época em que a igreja não tinha divisão e possuía somente uma doutrina, a dos Apóstolos. No ano 170 da nossa era, Santo Inácio de Antioquia, passou a referir-se a Igreja Cristã também como Igreja Católica, ou seja, universal, geral. Ao usar esse termo, dava-se entender que a igreja não ficaria restrita ao Império Romano, mas abrangia todas as regiões do planeta. Do ano 170 ao 313 da nossa era, a Igreja Católica não se envolvera com nenhum dos problemas comportamentais da sociedade da época, caracterizada pela corrupção em todas as suas áreas, principalmente a política. Em 313,Constantino passou á dominar todo o Império Romano, devido à queda do Império do Ocidente este Imperador demonstrou ser muito "simpático" ao cristianismo, porque além de colocar a Igreja Cristã numa posição privilegiada, passou afazer ofertas valiosas ao cristianismo, construindo Igrejas, isentando-as dos impostos e até sustentando clérigos. Podemos dizer .que esse contexto histórico marca o início do Catolicismo Romano, pois o cristianismo passa a ser a religião oficial do Império, trazendo como conseqüência desastrosa, a entrada no seio da Igreja de muitas pessoas não convertidas e pagãs. II- CURIOSIDADESApós a exposição do pequeno resumo histórico do catolicismo Romano, veremos agora o ponto de vista do mesmo acerca de determinados assuntos:1. A Bíblia Não aconselha o uso da Bíblia a todos os fiéis.  Ensina que sua leitura é perigosa aos indoutos.  Ninguém pode interpretar a Bíblia de maneira contrária a interpretação Católica, ou sem a permissão dos padres.  Aceita como canônicos (inspirados), livros que não constam no Cânon Hebreu.  Venera e aceita como tendo autoridade igual a da Bíblia:f. As tradições,g. Os escritores dos "Pais" da igreja,h. Aos ensinos da própria Igreja Católica,i. Os ditamos infalíveis do Papa. 2. A Igreja Diz que é a única e verdadeira igreja e que fora dela não há salvação.  Diz que foi fundada sobre Pedro, a rocha.  Diz que é a única que tem os sinais da verdadeira igreja: que é Una, Católica, Apostólica e Romana. O objetivo desta apostila não é analisar os ensinos que antigamente eram transmitidos pelo catolicismo, e sim, os que são ensinados hoje de acordo com o seu mais recente catecismo, a saber, o de 1993.III - QUESTIONAMENTOSAntes de iniciar o estudo das principais doutrinas do novo catecismo católico, veremos o que a Bíblia diz a respeito dos seguintes questionamentos:1. Pedro é o fundamento da Igreja? É aceito na Igreja Católica Romana o ensinamento de que Pedro é a pedra fundamental na qual Cristo edificou a sua Igreja, e para fundamentar esse ensino, apelam, principalmente para uma interpretação incorreta de Mt 16.16,19. "Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que tu revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do Reino dos céus; o que desligares na terra terá sido desligado nos céus”.Desta passagem, a Igreja Católica Romana concluí o seguinte: a) Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está edificada. b) Somente Pedro pode abrir a porta do Reino, por ter recebido o poder das chaves. c) Pedro tornou-se o primeiro Bispo de Roma.REFUTAÇÃOMesmo numa análise superficial das Escrituras conclui-se que:a. Pedro jamais ocupou funções e posições no seio do Cristianismo nascente. b. De acordo com a Bíblia, Cristo é a pedra: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular”.(Ef 2.20) "Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular”.(At 4.11). 2. Pedro foi o primeiro Papa? Tenha estado ou não em Roma, o fato é que se Pedro foi Papa, foi um papa bem diferente dos que já apareceram, se não vejamos:a. Pedro era financeiramente pobre.(At 3.6)b. Pedro era casado.(Mt 8.14,15)c. Pedro foi um homem humilde.(At 10.25,26)d. Pedro foi um homem repreensível.(Gl 2.1 1,14)É admirável que Pedro, sendo o "Príncipe dos Apóstolos", conforme o catolicismo romano afirma, quem era o pastor da comunidade cristã em Jerusalém era Tiago (At 15). Sendo assim, é lançada por terra a pretensão do catolicismo romano de Ter o apóstolo Pedro como seu primeiro Bispo. IV - CONFRONTOS DOUTRINÁRIOS:1. Salvação através de boas obrasPara sermos salvos, a doutrina católica ensina que devemos continuamente praticar boas obras "Contudo não se salva, embora esteja incorporado à Igreja, aquele que, não perseverando na caridade, permanece dentro da Igreja, com o corpo, mas não com o coração". (p. 241, # 837).REFUTAÇÃO"Por que pela graça sois salvos; mediante a fé; é isto não vêm de vós, é Dom de Deus; mão de obras, para que ninguém se glorie". (Ef 2.9, -9).Leia: Tt 3.5; Rm 3.28; CI 3.8-26; Cl 2.21, Mt 7.21,22. 2. O Batismo Salva:"O Senhor mesmo afirma que o batismo é necessário para a salvação" (p. 349, # 1257). REFUTAÇÃO"Por que não me enviou Cristo para batizar. Mas para pregar o evangelho..." (1 Co 1.17)."Arrependei-vos, por que está próximo o Reino dos Céus..." (Mt 3.2).Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o Eunuco: eis aqui água, que impede que seja eu batizado? E disse Felipe: é lícito se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus". (At 8.36,37). O Batismo é uma confissão pública de fé em Cristo, por intermédio de atos e palavras, na qual o batizando mostra ter aceitado plenamente as verdades com respeito à encarnação, à morte e à ressurreição de Cristo. No ato do batismo, o convertido mostra ter morrido para o mundo e renascido para Cristo, vivendo agora em novidade de vida. Concluindo, o batismo em si não têm poder para salvar uma pessoa, mesmo por que não se batiza alguém para que ele seja salvo, e sim porque já é salvo.3. Transubstanciação"O concílio de Trento resume a fé católica ao declarar: ‘por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie de pão era verdadeiramente o seu corpo’, sempre se teve na Igreja esta convicção, que o Santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do corpo de Cristo, nosso Senhor, e de toda substância do vinho na substância do seu sangue; esta mudança, a Igreja Católica denominou-a com acerto e exatidão de Transubstanciação”.(p.380, # 1376). Esta doutrina, embora estranha à palavra de Deus, é defendida pelo catolicismo romano como sendo uma doutrina bíblica, usando para fundamentar tal ensino, as palavras de Jesus em Jo 6.53,54: "Na verdade, na verdade vos digo que se: não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia". REFUTAÇÃOPara melhor compreendermos, é necessário que leiamos todo o contexto no qual está inserida esta passagem, Jesus antes de fazer esta declaração disse: "Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo. Então lhe disseram: Senhor, dá-nos sempre desse pão. Declarou-lhe, pois, Jesus: eu sou o Pão da Vida; o que vem a mim jamais terá fome e o que crê em mim jamais terá sede". (Jo 6.33-35). Concluímos então que a vida eterna é dada através da crença pessoal em Jesus Cristo, e que fora da união pessoal com o Salvador, não há salvação. O Comer o Pão e o Beber o Vinho está dentro dos ensinamentos acerca da Santa Ceia do Senhor, sobre a qual, o próprio Jesus ensinou: "E, tomando o pão, tendo dado graças, o partiu e lhe deu, dizendo: isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim". (Lc 22.19).4. Maria, nascida sem pecado.Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida “. (p 139, # 493). "Desde o primeiro instante da sua concepção, foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda sua vida". (p 143, # 508). Vale ressaltar que: o próprio catecismo não admite como bíblica esta doutrina, e sim, uma tradição da Igreja.REFUTAÇÃO"Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus". (Rm. 3.23). "Não há um justo, nem sequer um". (Rm 3.10). Nestes versículos vemos comprovada a afirmação de que todos pecaram, até mesmo Maria. A Bíblia se refere somente a uma pessoa como aquele que nunca pecou, e este é: Jesus de Nazaré. "Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus". (2 Co 5.21). "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado". (Hb 4.15).5. Maria: Virgem perpétua "Maria permaneceu virgem concebendo seu Filho, virgem ao dá-lo à luz, virgem ao carregá-lo, virgem ao alimentá-lo do seu seio, virgem sempre". (p 143, # 510). REFUTAÇÃO Na sociedade em que vivia Maria, ter muitos filhos era um sinal que a mulher contava com o favor divino, ao passo que, não tê-los identificava a mulher como não sendo uma bem~aventurada ou agraciada por Deus. Não existe razão para o catolicismo romano defender com tanto fervor esta doutrina que não encontra em nenhuma parte das escrituras, apoio, conforme veremos. "Não é este o Filho do Carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?" (Mt 13.55). Veja também Mc 6.3 e Gl 1.19.6. Maria: Fonte de Santidade "Da Igreja aprende o exemplo de santidade; reconhece a sua figura e sua fonte em Maria, a virgem santíssima". (p 534, # 2030).REFUTAÇÃO "Quem não temerá e glorificará o teu nome, ó Senhor? Por que só tu és Santo, por isso todas as nações virão a ti..." (Ap 15.4). "E chamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos; toda terra está cheia da sua glória". (Is 6.3). As palavras "santo" ou "santidade" são usadas mais de 600 vezes na Bíblia, mas nenhuma vez referindo-se a Maria. Segundo a orientação bíblica nos devemos ser santo, porque Deus é santo e não Maria como o catolicismo ensina. Confira em 1 Pe 1. 15,16 e Lc 11.44. 7. Maria: a intercessora "Por isso, a bem aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora, medianeira." (p. 274, # 969).REFUTAÇÃO Na Bíblia Sagrada esses títulos jamais foram atribuídos a Maria. Vejamos cada um deles: Advogada: "... se, todavia, alguém pecar, temos advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo". (1 Jo 2.1).Auxiliadora: "Assim afirmamos confiantemente: o Senhor é o meu auxílio,não temerei; que me poderá fazer o homem?". (Hb 13.6).Protetora: A Bíblia não chama pessoa alguma de "protetora", inclusive Maria. Mediadora: "Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem". (1 Tm 2.5). "Por isso mesmo, ele (Cristo) é o mediador da nova aliança..." (Hb 9.15). Acerca do termo intercessão, a Bíblia fala de Jesus Cristo como o único intercessor, vejamos então: "Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles". (Hb 7.25). É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós". (Rm 8.34). Vemos então que a Bíblia jamais atribui o título de intercessora a Maria, caracterizando este ensinamento como "doutrina de homens". 8. O Purgatório Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam após a morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do céu. A Igreja denomina purgatório esta purificação final dos eleitos". (p. 290,# 1030). A idéia de purgatório têm suas raízes no Budismo e em outros sistemas religiosos da antiguidade. Até a época do Papa Gregório 1 porém o purgatório não tinha sido oficialmente reconhecido como parte integrante da doutrina romanista. O Catolicismo romano formulou a doutrina de fé relativa ao purgatório sobretudo no concilio de Florença e Trento. Vejamos agora o que o Pe. Vicente, autor do livro " Respostas da Bíblia às acusações dos Crentes contra a Igreja Católica", fala acerca do purgatório:" Ë verdade que na Bíblia não se encontra a palavra ‘purgatório’, no entanto a Bíblia descreve situações, estados ou lugares que se identificam com a idéia de purgatório". REFUTAÇÃO A doutrina do purgatório não só é uma fábula engenhosamente montada, como traz no seu bojo um conjunto de absurdos e blasfêmias. Cito como exemplo a atribuição do mesmo poder do Sangue de Jesus ao fogo desse inexistente" purgatório". Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu filho, nos purifica de todo pecado".(l Jo 1.7). "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus". (Rm 8.1) ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar pelo sacrifício de si mesmo, o pecado". (Hb 9.26).9. lmagens " As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar a nossa fé no ministério de Cristo. Através do ícone de Cristo e de suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Através das santas imagens da Santa Mãe de Deus, dos Anjos e dos Santos, veneramos as pessoas nelas representadas". (p. 335, #1192). Vejamos também o que diz o Pe. Vicente a respeito da "Veneração" de imagens: mesmo Deus, no livro de Êxodo, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança. Manda-lhe também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma arte, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Nm 21.8,9). Seria uma grave blasfêmia desses ‘crentes’, considerar Deus como esclerosado, já que no lugar da Bíblia manda fazer o imagens, esquecido que no outro lugar o teria proibido".REFUTAÇÃO No começo do século VII, Gregório, o grande (590-604), um dos Papas mais fortes, aprovou oficialmente o uso de imagens nas igrejas, mas institui que elas não fossem adoradas. Mas, durante os século VIII, ofereceram-se-lhes orações e elas foram rodeadas de uma atmosfera de ignorante superstição, de modo que até os mulçumanos zombavam dos cristãos, chamando-os de adoradores de ídolos, provando assim, que se Deus proíbe que o homem faça para si imagens, é que Deus sabe o perigo que esta prática representa à verdadeira fé; pela dificuldade que o homem tem de separar veneração de adoração. Observemos o que a Bíblia diz: "Não fareis para vós outros ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem coluna, nem poreis pedra com figuras da vossa terra, para vos inclinardes a elas: porque eu o Senhor vosso Deus".(Lv 26.1). "Guardai-vos, não vos esqueçais da aliança do Senhor, vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o Senhor vosso Deus vos proibiu". (Dt 4.23). Acerca do argumento católico-romano, que vê nos querubins da arca e na serpente de bronze incentivo divino, para não só fazerem, mas adorarem imagens, afirmamos que qualquer aluno das nossas escolas bíblicas dominicais sabe que: os querubins eram ornamentos, e não objeto de adoração, bem como a serpente de bronze que no momento em que o povo começou a adorá-la, o bom rei Ezequias a destruiu. (Ver II Rs 19.4).

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